segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Partícula de uma autobiografia 3 (Cont.)

Então. Depois de tudo aquilo, hoje eu fui trabalhar e tive que passar próximo ao local do acidente. E pensei em dar uma olhada pra ver se tinham largado alguma coisa por ali, sei lá...
Quando eu passei por lá o resgate estava cuidando de um novo acidente que acabara de ocorrer.

domingo, 23 de novembro de 2008

Partícula de uma autobiografia 3

Acho estranho algumas vezes acontecer coisas estranhas comigo...
Tipo... finalzinho do ano passado tive um sonho que mais tarde o fato principal dele realmente aconteceu.
Ou quando uma vez este ano mesmo de 2008, eu pensava na vida e lembrei que nunca havia presenciado um acidente de trânsito, então eu desejei presenciar um algum dia da minha vida... na outra semana estava eu na rodovia carvalho pinto quando vi um caminhão desviar bruscamente de uma moto e atropelar a dianteira de um carro e o carro ir pra fora da pista.

Tipo.. às vezes coisas assim acontecem comigo.. ao meu redor. Tanto quando lembro de algum sonho meu, ou quando eu desejo alguma coisa. Infelizmente são coisas meio mórbidas, na grande maioria das vezes. Quase nunca é alguma coisa para que pessoas se sintam feliz ou algo do gênero.

A última coisa que me aconteceu desse tipo, me refiro ao tipo "mórbida", foi na quinta-feira passada (20/11/2008). Eu estava num posto aqui perto de casa sacando um dinheiro quando escutei um barulho de alguma coisa grande quebrando. Vi a galerinha que bebia na frente da lojinha de conveniências sair correndo para a avenida. Esperei meu dinheiro sair do caixa eletrônico, coloquei a grana no bolso e saí da loja pra ver o que tinha acontecido. Vi as pessoas com celulares nos ouvidos tentando falar em algum telefone de emergência. Olhei para a avenida e vi uma moto quebrada próxima à calçada. Olhei para o outro lado e vi o homem que guiava a moto caído desacordado em cima da calçada, a uns 10 ou 15 metros de onde a moto estava, e uma de suas pernas estava separada do corpo no asfalto próximo de onde estava deitado ao lado de uma árvore um pouco quebrada. Um dos frentistas do posto estava trazendo uns jornais e cobria o corpo e a perna do homem.

Bom... encurtando a história toda, descobri que não foi uma batida, disseram que o jovem estava correndo muito e se perdeu, bateu a perna direita numa árvore na calçada (foi quando a perna foi decepada) e caiu desacordado vindo a morrer segundos depois.

Claro, vc pensa "mas o que isso tem de estranho? acidentes acontecem certo?". Eu digo "sim, acidentes acontecem. mas o estranho é que no mesmo dia, algumas horas antes deste acidente ter acontecido, eu estava pensando "nossa, faz tempo que nada do gênero acontece comigo"...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Partícula de uma autobiografia 2

Há 3 coisas que eu nunca consegui fazer direito, ou melhor, que eu nunca consegui fazer de modo algum. Brincar com iô-iô, soltar pipa e ganhar em bingo de cartela.

No caso da pipa eu consegui por alguns segundos deixar ela planando bonitinha no céu, mas isso depois que outra pessoa já tinha levantado ela.

No caso do bingo de cartela, nunca ganhei mesmo. Só ganhei em bingo eletrônico, o que foi bom, pois ganhei mil reais na "brincadeira".

Agora, no caso do iô-iô sou um caso perdido mesmo. Nunca consegui nem mesmo fazer o movimento mais básico que é apenas fazer ele descer e voltar pra mão.

Pois é...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Partícula de uma autobigrafia 1

Numa parede da casa de meu avô há algumas fotografias dos netos dele pendurada. Mas havia uma foto que estava torta. Fiz menção de ajeitá-la, até cheguei a erguer as mãos e quase a toquei. Quase. Mas me contive.
Veja bem, minha família, como qualquer outra, tem seus problemas. Depois da morte de minha avó por parte de pai, esposa do mesmo avô o qual eu visitava aquela tarde quando vi a fotografia torta na parede; e também depois da morte de dois de seus seis filhos, minha família sofreu alguns rompimentos e teve até alguns surtos de desrespeito e egoísmo.
Meus primos que estavam naquele retrato torto na parede foram um destes surtos, e um dos que mais chegaram próximos a mim. E a fotografia na parede retratava muito bem como eles estavam vivendo naquele momento de suas vidas.
Pois quando eu vi eles naquele retrato torto, quase o ajeitei, se não fosse pelo meu mísero sadismo e meu forte senso de vingança. Deixei a fotografia torta.